Como escolher um psicólogo?

Aquela frase de que “terapia é para quem está em um caos emocional” não é bem verdade. Pequenos desconfortos já podem sinalizar a necessidade da busca de ajuda psicológica, evitando chegar a um caos emocional que por vezes é gerador de doenças crônicas e transtornos psiquiátricos.

Frequentar um psicólogo também é para quem quer cuidar da mente, ganhar autoconhecimento, melhorar o convívio com as pessoas e prevenir doenças como estresse e ansiedade.
É comum surgirem dúvidas sobre quais aspectos deve-se levar em conta na hora de procurar ajuda.

1. Onde começar a buscar?

Sua busca pode seguir diversas frentes:
Pedir indicação ao seu médico de confiança; Procurar em universidades de psicologia de sua cidade; Pedir indicação a familiares e amigos, lembrando que a identificação com o profissional é pessoal.

2. Entrevista psicológica

A entrevista psicológica acontece nos primeiros encontros do ciclo terapêutico, podendo levar de um a quatro encontros, pois busca-se levantar a história de vida do paciente em todos os aspectos. Este é o início de um relacionamento profissional, não íntimo, para a criação de um vínculo que servirá de base para adesão à terapia.

3. Primeiro encontro com o seu terapeuta

Algumas questões que você não pode deixar de considerar:
Finanças – não deixe de saber o valor da consulta, se seu plano de saúde, caso tiver, cobre esse tipo de serviço ou se há reembolso.
Frequência – estabeleça horários, frequências e limite de tempo dos atendimentos.
Cancelamento de consultas – consulte previamente a política de cancelamento das consultas com o seu psicólogo. Alguns consultórios exigem uma antecedência caso vá remarcar ou cancelar um horário e, caso não cumpra, o valor da consulta é cobrado.
Consultas via web conferência – o Conselho Federal de Psicologia já permite que o psicólogo realize atendimento por web conferência, o que pode facilitar em dias que você não puder comparecer pessoalmente. Porém, é preciso que o profissional esteja com um registro específico para este atendimento no Conselho Regional de Psicologia. Informe-se com ele.
Facilitadores – espera-se de do psicólogo e paciente uma comunicação aberta, considerando as diversas formas de comunicação (fala, escuta ativa, linguagem corporal e etc). É preciso estar presente de fato na sessão, não apenas comparecer superficialmente, mas se comprometer com os objetivos.

Irritação, medo, angústia, tristeza, insônia e mudanças no apetite. Essas são algumas das possíveis consequências do isolamento social em que o mundo está submetido. Para evitar tais sensações, cuidar da saúde mental durante a pandemia de coronavírus é essencial. Confira algumas sugestões de como lidar de forma positiva com essa situação.

Algumas questões para ter em mente durante a quarentena

Observe seus sentimentos e demandas internas – manter tudo o que está acontecendo no mundo em perspectiva e relacionar este entendimento ao que você está sentindo vai te trazer autoconhecimento e facilitará o equilíbrio da situação.
Não se cobre para estar 100% o tempo todo – este é um momento incomum. É completamente normal se sentir triste ou assustado, este período exige muito de nosso emocional. Não estamos acostumados com situações como esta, então novos sentimentos são esperados.
Não se compare com outras pessoas durante o isolamento – cada indivíduo lida de uma forma com este momento. Tente encontrar a melhor maneira para você.
Não fique ligado às notícias 24h por dia – estar informado é importante, mas a grande quantidade de informação disponível no momento pode levar qualquer pessoa à preocupação. Tente estipular quanto tempo do dia você pretende se dedicar a leitura de notícias e reduza sempre que for necessário. Busque fontes de informação oficiais e evite boatos.

Práticas para cuidar da saúde mental durante a pandemia de coronavírus

O ideal é envolver-se com atividades saudáveis e de relaxamento. Veja algumas ideias de como seguir uma boa rotina durante a quarentena, mesmo dentro de casa.

  • Mantenha a sua rotina – não elimine etapas do seu dia-a-dia se puder mantê-las. Acorde, vista-se, tome café da manhã e faça tudo o que faria caso fosse sair de casa. Para outras atividades que não consegue realizar no seu lar, procure alternativas.
  • Respeite momentos de pausa no home office – tanto para horário de almoço, quanto para finalizar o expediente. Isso evita que você estenda as horas de trabalho e perca os limites entre ofício e lar.
  • Tente dormir 8 horas por dia – o sono regular faz muita diferença no equilíbrio emocional.
  • Procure seguir uma dieta balanceada – ter atenção ao que se come e ingerir todos os nutrientes necessários ao organismo permite que os processos químicos do cérebro ocorram de forma adequada. Cuidar do corpo também é cuidar da mente.
  • Exercite-se – mesmo em casa, é possível fazer rápidas séries de atividades físicas de acordo com seu condicionamento. Pelas redes sociais, é possível encontrar rotinas de exercícios, coreografias de dança e também sugestões de alongamento. Canais do Youtube como FitDance, Madfit e Exercício em Casa podem ser úteis.
  • Tire um tempo para você – pode ser um bom momento para começar a meditar e trabalhar técnicas de respiração que acalmam. Aplicativos como 5 minutos e Medite.se oferecem meditações guiadas.
  • Seja criativo – aproveite este momento em casa para explorar o mundo de outras formas: por meio de leituras, filmes e músicas. Explore outras habilidades, como um novo idioma, a pintura, o bordado, a escrita e a fotografia. Preze pelos momentos de lazer. Aplicativos como Duolingo, Netflix, Amazon Prime, GloboPlay, Spotify e Youtube podem ser úteis.
  • Mantenha uma rede de contatos – reconecte-se com quem vive junto com você e converse também com quem está longe. Recorra às ligações telefônicas, mensagens por redes sociais, e-mails ou conferências pela câmera do computador/celular. Ter pessoas que te fazem bem por perto torna qualquer situação mais simples. Aplicativos como Skype, Google Hangouts e House Party podem ser úteis.
  • Caso tenha crianças em casa, incentive que elas se expressem – é um momento desafiador e elas também podem sentir isso. Dar espaço para que elas se comuniquem faz com que se sintam apoiadas. Atividades lúdicas ou pedagógicas, como desenhos e música, podem auxiliar nesse processo e ainda estimular a criatividade e socialização. Plataformas como a da Faber Castell e do Kinedu oferecem atividades online.
  • Evite maneiras prejudiciais para lidar com o estresse – como o uso de tabaco, álcool ou outras drogas. A longo prazo, estes vícios apenas trazem malefícios a sua saúde, tanto física quanto mental.

É importante filtrar todas as ideias sugeridas aqui e colocar em prática apenas aquilo que funciona para você, levando em consideração seu estilo de vida e preferências. Experimente novas atividades ou tente utilizar o que deu certo no passado e que pode ser útil de novo. Tome seu tempo para cuidar de sua saúde mental.
E não se esqueça: existem diversos profissionais de psicologia realizando atendimentos virtuais. Caso sinta que precise, busque ajuda por meio de iniciativas como a Escuta 60+, Psicologia Viva e Telavita.

Fonte: parceiros Qualicorp.