Síndrome de Burnout: quando o trabalho faz mal à saúde.

Você sabia que existe uma doença psíquica causada pelo esgotamento profissional? A síndrome de Burnout, como é conhecida, foi reconhecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como doença ocupacional. O distúrbio ocorre quando o indivíduo apresenta um colapso que pode ser mental ou físico, relacionado às suas funções de trabalho.

O termo burnout, em inglês, significa fadiga ou esgotamento, e tem sido objeto de observação de profissionais de saúde por conta do aumento de casos nos últimos anos.

O estresse no trabalho pode ser causado por diversos fatores. Alguns exemplos: chefes abusivos, assédio, ambiente competitivo, relação tóxica com a equipe de trabalho e, mais recentemente, com o teletrabalho imposto pelo isolamento na pandemia do novo coronavírus, a pressão da gestão das funções remotas e o medo de demissão.

O estresse, porém, varia de acordo com as características do trabalho e da pessoa. Algumas pessoas podem ter mais resiliência do que outras para enfrentar determinados tipos de situação. Por isso, o diagnóstico é sempre individual.

Quais são os sinais de alerta para a doença?

Um dos primeiros sintomas de que a doença pode se instalar é o desânimo com o trabalho. Pessoas com burnout tendem a ter uma relação bastante negativa com a sua atividade profissional. É comum inventar motivos para se ausentar do trabalho ou, até mesmo, boicotar algumas atividades. Além disso, são sintomas típicos a ansiedade, a insônia, a depressão e a agressividade.

No dia-a-dia, as pessoas com burnout também tendem a se isolar dos demais. É muito comum também apresentarem déficit de atenção e concentração.

Alguns sintomas físicos são comuns: taquicardia, sudorese, dores de cabeça e até problemas gastrointestinais. Caso estejam combinados com algum dos fatores acima, é importante investigar.

Como é feito o tratamento?

O tratamento depende do histórico e do diagnóstico de cada paciente. No entanto, o mais comum é que seja indicada a psicoterapia, além de alguns medicamentos prescritos, geralmente antidepressivos ou ansiolíticos.

Pode ser que o trabalhador precise se afastar da atividade laboral durante o tratamento. O médico psiquiatra ou o psicólogo podem garantir este afastamento, que é previsto por lei. Uma ideia interessante é que o funcionário tire férias e consiga descansar e relaxar o máximo possível. Assim, o tratamento tende a ser mais rápido. Porém, cada caso é avaliado em conjunto com o médico e o paciente.

Previna-se!

Acima de tudo, esta é uma doença que deve ser prevenida. E pode ser. O recomendado é que a qualidade de vida seja sua prioridade, para que o trabalho tenha um lugar saudável na rotina.

Praticar atividade física regularmente, dormir bem e manter uma alimentação equilibrada são regras simples e fundamentais para se proteger. Exercícios de relaxamento e meditação também são bons aliados para enfrentar os altos e baixos na rotina profissional com mais calma e serenidade.

É essencial estar com as “imunidades” do corpo e da mente altas, para discernir entre as situações que podem ou não ser fonte de estresse. Mas, quando o menor sinal de ansiedade ou qualquer um dos sintomas citados acima aparecer, não demore em reavaliar sua rotina profissional e buscar ajuda.

Quando o distúrbio não é tratado, o burnout pode até levar à depressão severa. Por isso, cuide-se. Sua saúde deve estar sempre em primeiro lugar.