Perigos do cigarro no organismo: como age o vício que mata mais de 8 milhões de pessoas por ano.

Já existem dados que indicam que a pandemia e o isolamento trouxeram um novo aumento no número de fumantes em 2020. O estresse, a ansiedade e a insegurança podem ter contribuído, mas o problema vai muito além deste período.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 1 bilhão de pessoas são fumantes no mundo hoje em dia, chamando a atenção para a importância da discussão sobre o tema. O cigarro é considerado a maior causa evitável de adoecimentos e mortes precoces no mundo. Ou seja, um número incalculável de vidas poderia e pode ser salvo apenas abandonando este hábito.

Se ainda faltam motivos para parar, basta entender como ele age no corpo.

O caminho do perigo - como o cigarro age no corpo:

- as substâncias do cigarro inaladas pelos pulmões, como a nicotina, se espalham quase tão rápido pelo corpo quanto soluções injetadas na veia.
- além da nicotina, o sistema circulatório recebe monóxido de carbono (CO), que se combina com a hemoglobina do sangue, diminuindo sua a oxigenação.
- também é inalado é o alcatrão, que combina elementos cancerígenos como o chumbo e o arsênio.

Efeitos reais nos órgãos:

Boca: além do mau hálito, a fumaça pode irritar a gengiva e facilitar o aparecimento de cáries. Além disso, o cigarro pode alterar o paladar e é um fator de risco para o câncer de boca.

Pulmões: o cigarro diminui a elasticidade e degrada sua funcionalidade. É muito comum fumantes terem uma parte dos pulmões comprometida, e o agravamento deste quadro é o câncer de pulmão, o maior responsável por mortes entre os fumantes.

Cérebro: sofre consequências pela falta de oxigenação e aumento da pressão arterial que o cigarro acarreta. É um fator de risco para derrames cerebrais.

Fígado: é nele que a nicotina presente no cigarro é metabolizada, causando danos pelas toxinas que sobrecarregam o órgão no processo.

Coração e circulação: os fumantes têm maior risco de desenvolver várias doenças circulatórias como aneurismas e tromboses, em decorrência da diminuição da espessura dos vasos sanguíneos que a nicotina causa.

Largar o vício para viver mais e melhor:

São necessários 5 a 10 anos sem fumar um cigarro para que o risco de infarto do fumante seja igual ao de alguém que nunca fumou. Mas para outros sintomas, a melhora é rápida e fácil de notar.

Em 3 semanas sem fumar a respiração já melhora substancialmente. Com 8 horas sem um trago, o nível de oxigênio no corpo se regulariza. Bastam 2 horas sem fumar para que não tenha mais nicotina no corpo e 20 minutos para que a pressão e a pulsação se normalizem.

Ou seja, em muito pouco tempo, o corpo agradece e respira aliviado.

Não é fácil abandonar o cigarro, mas os benefícios valem o esforço. Muitas pessoas tentam mais de uma vez antes de conseguir de fato, por isso é importante não desistir e mentalizar uma vida mais saudável no futuro para se motivar. Vale buscar ajuda médica e psicológica. Parar de fumar e recomeçar a viver, com muito mais saúde.