Agosto Dourado e a importância do aleitamento materno.

Os meses e suas cores de conscientização têm surtido um efeito positivo sobre a atenção das pessoas em relação a assuntos importantes de saúde. Para conscientizar sobre a necessidade da amamentação exclusiva até os 6 meses de idade, foi criado o Agosto Dourado, uma data que tem sua origem em um encontro em Nova Iorque, entre a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), em 1991.

A cor dourada foi escolhida porque o leite materno é considerado um alimento de qualidade comparada à do ouro para bebês e crianças.

Para derrubar os tabus em torno da amamentação:

Uma das razões mais importantes que justificam a origem do Agosto Dourado é o tabu em relação à amamentação. Muitas mulheres ainda relatam que ficam constrangidas ao amamentar em público, resultado do preconceito e da desinformação da sociedade, que desconhece a importância da rotina e da necessidade do bebê, principalmente nos primeiros meses.

O Agosto Dourado existe, em primeira instância, para alertar a população de que esse é um ato natural e de muito amor. A mãe está alimentando seu filho, protegendo-o de doenças e também dando carinho. Por isso, não deve haver nenhuma censura.

Para abastecer os bancos de leite:

Além disso, o movimento Agosto Dourado também aponta a importância dos bancos de leite e a necessidade de doações de outras mães para que esses locais fiquem abastecidos e possam ajudar mais bebês, principalmente os prematuros.

Para lembrar dos benefícios de amamentar:

A Organização Mundial da Saúde - OMS - aconselha a manutenção do aleitamento materno por dois anos ou mais, e, de forma exclusiva, por 6 meses. O leite materno contém água, gorduras, proteínas, vitaminas e açúcares de que o bebê precisa para se desenvolver bem e crescer de forma saudável. Ele funciona como uma barreira protetora de doenças, podendo prevenir mais da metade dos episódios de diarreia, além de diminuir sua gravidade. E ainda:

-Previne um terço das infecções respiratórias: incluindo a otite média aguda, nos 2 primeiros anos de vida.

- Protege contra leucemia: crianças amamentadas por 6 meses ou mais, quando comparadas com as que mamam por menos tempo ou não são amamentadas, têm risco 20% menor de apresentar a doença.

- Ajuda no equilíbrio do peso: crianças amamentadas apresentam menor prevalência de sobrepeso, obesidade e diabetes tipo II.

- Reduz mal oclusões na dentição: promove efeito positivo na qualidade da mastigação em pré-escolares.

- Reduz o risco de risco de câncer para a mulher: de mama, ovário e endométrio, assim como o de diabetes tipo II.

- Aumenta o vínculo com a criança: é um importante momento de troca, de confiança e carinho entre mãe e bebê que colabora para que a criança se relacione melhor com outras pessoas.

- Ajuda a mulher a perder peso após o parto: consumindo até 800 calorias por dia.

Campanha no Brasil:

No Brasil, existe a Semana de Aleitamento Materno, comemorada desde 1999 com a coordenação do Ministério da Saúde. E, em 2017, foi sancionada a Lei nº 13.435, que institui o mês de agosto como o Mês do Aleitamento Materno e estabelece a realização de palestras e encontros sobre o tema, além da decoração e iluminação de espaços públicos com a cor dourada.

A cada edição, o objetivo ganha mais um alicerce no entendimento coletivo de que o leite materno é um alimento completo, considerado a primeira vacina do bebê, e que amamentar é um ato de amor e proteção que deve ser incentivado sempre.