Gripe H1N1: como se prevenir?

A gripe H1N1 é uma mutação genética da gripe comum, combinada com a gripe aviária e a gripe suína. Em 2009, se espalhou por diversos países e foi considerada uma pandemia, mas ainda faz vítimas todos os anos. Apesar de ter sintomas parecidos com os da gripe comum, ela causa complicações que podem levar à morte. Por isso, é importante saber como se prevenir e identificar os principais sintomas para buscar ajuda médica o quanto antes.

Por que a transmissão da gripe H1N1 é maior no frio?

O tempo frio em si não é responsável pela transmissão de doenças virais. Mas, é nessa época do ano que as pessoas tendem a ficar aglomeradas em lugares fechados, sem ventilação, aumentando os riscos de contágio.

Além disso, pessoas com alergias respiratórias que desencadeiam episódios de asma, rinite e bronquite, sofrem mais com o ar seco e com cobertores e casacos guardados há muito tempo. Esse grupo também é mais suscetível a complicações respiratórias geradas pela gripe H1N1 e outros tipos.

Como acontece a transmissão da gripe H1N1 e quais os grupos de risco?

A transmissão da gripe H1N1 acontece da mesma forma que a gripe comum. Os vírus passam de pessoa para pessoa por meio de tosse, espirro ou contato com saliva e objetos contaminados. É possível contrair a doença ao encostar a mão em uma superfície contaminada e depois levar à boca ou nariz, por exemplo.

O principal fator de risco é o contato com pessoas infectadas, mas, algumas coisas podem aumentar a gravidade da infecção pelo H1N1:

  • Idade menor de dois anos e maior que 65 anos;
  • Mulheres grávidas;
  • Pessoas com doenças pulmonares, cardíacas, renais, hepáticas ou sanguíneas;
  • Portadores de HIV ou pessoas que tomam medicamentos imunossupressores;
  • Estar internado;
  • Obesidade;
  • Pessoas com menos de 19 que tomaram aspirina por longo prazo.

Sinais e sintomas da gripe H1N1 podem ser confundidos com os da gripe comum

Os sintomas da gripe H1N1 demoram de três a sete dias para aparecer depois que você foi exposto ao vírus. Eles são muito parecidos aos de uma gripe comum:

  • Febre alta repentina;
  • Tosse;
  • Dor de cabeça e no corpo;
  • Garganta inflamada;
  • Coriza.
  • Olhos lacrimejantes;

A diferença é que os sintomas da gripe H1N1 podem se manifestar de forma mais intensa e causar danos maiores ao sistema respiratório e até levar à morte caso você não procure ajuda médica a tempo. Fique atento aos sinais de complicação:

Em adultos:

  • Falta de ar;
  • Os sintomas desapareceram e depois voltaram mais intensos e com febre alta;
  • Dor no peito ou abdômen;
  • Vômito intenso ou incessante;
  • Confusão;
  • Tontura;
  • Escarro com sangue.

Em crianças:

  • Dificuldade para respirar;
  • Pele azulada ou acinzentada;
  • Vômito intenso;
  • Dificuldade para acordar;
  • Erupção cutânea;
  • Falta de atenção e de vontade de brincar;
  • Os sintomas desapareceram e depois voltaram mais intensos e com febre alta;
  • Irritabilidade excessiva.

Se suspeitar que você ou alguém próximo está com a doença, procure atendimento médico imediatamente, mas nunca tome ou dê medicamentos por conta própria. Se o diagnóstico for confirmado, o tratamento é feito com o uso de medicamento antiviral.

Medidas de prevenção para o H1N1

A vacina disponível contra a gripe também previne o H1N1 e deixa imune contra a doença por um ano. Ela é oferecida pelo sistema único de saúde (SUS) todo ano, entre os meses de abril e maio, para os seguintes grupos:

  • Trabalhadores da saúde;
  • Povos indígenas;
  • Puérperas (mulheres até 45 dias após o parto);
  • Idosos;
  • Professores de escolas públicas e privadas;
  • Pessoas com doenças crônicas ou imunidade baixa;
  • Jovens sob medidas socioeducativas;
  • Funcionários do sistema prisional;
  • Pessoas privadas de liberdade;
  • Profissionais das forças de segurança e salvamento (policiais, bombeiros e membros ativos das Forças Armadas).

Além da vacinação anual, é importante adotar algumas medidas de higiene para evitar a infecção por qualquer gripe – tanto a comum quanto a H1N1:

  • Cubra o nariz e a boca com um lenço de papel quando tossir ou espirrar e depois jogue o lenço no lixo;
  • Lave as mãos com água e sabão com frequência. Passar álcool gel nas mãos também é eficiente;
  • Evite tocar seus olhos, nariz ou boca, pois os germes se espalham dessa maneira;
  • Sempre que possível, evite aglomerações ou locais pouco arejados;
  • Evite contato próximo com pessoas doentes.

 

Fonte: parceiro Qualicorp.